sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Matreiro Comum

O coração é surdo de samba, ouvinte de drama e pode se doar como a certeza da insensatez: o amor.

E quando o compasso é ligeiramente alterado, resta uma emoção verdadeira vivida de Batatinha a Cartola: a quebra da razão em um estupor rítmico, explícito gerado pelo “matreiro do improviso” dos bares marrons e desajeitados.

De lá onde a ginga é viva de convivência. (interlúdio)

E quando eu batuco em brasileiro para rememorar os sambas de lá, eu posso concluir que a síntese, mesmo em situações desfavoráveis, risca nosso peito mais forte em batuques de chocalhos explosivos, violões prolixos, cavaquinhos sapecas e bandolins à virtuose para compreendermos e respeitar a nossa verdadeira identidade cultural:

A diversidade mais complexa e unificada do mundo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Anti-Atilado

Estar em si e só ser desde brincar sendo, só para descer cambaleando nas escadas do fazer espiral de “infinitude”.

Lamber lambido desinibido proibido: impulsivo, rebelde, louco.
Fermenta o gerar espontâneo:

Cego atuando em discórdia de atum espalhafatoso em maionese escorregando desordenadamente.

Em um confinamento dentre dentes de metal, tal que espanta a impenetrabilidade de carne, peixes, almas, indivíduos, contemplando a única presença de insetos não digeríveis: é violência estatal!

E quando somos atirados em camburões como uma mulher queimada em fogueiras medievais, chegaremos a uma hipocrisia tão real que justifica a criminalidade! Esta que justifica o mundo diabólico; estar em que justifica uma lógica injustificável!

domingo, 25 de julho de 2010

Antiquado Útil

Velho Sagaz,

Obrigado por ser meu contemporâneo compreensivo. E nas testas embrulhadas de atos, brotarão resenhas divertidas, invisíveis!

Velho Atemporal,

Seus conselhos de tamanha significância colherão a minha gratidão eterna e será recíproca em lealdade.

Velho Amigo,

Que morramos juntos no término de um cigarro esfarelado em ampulheta deitada!

domingo, 11 de julho de 2010

Pluriverso

Solo, como um sol e fico carente
Largo-me sem gravidade em um planeta enorme
Engulo buracos negros para bufar matéria

E arroto luz para agradar a significância

Eu viro oculista de meteoros desordenados
Atravesso as galáxias de vontade
Transformo a ação em imagem

Mas quanta significância atribui minha ordem?

Eu, poeira organizada,
Danço Beatles em cima de um quasar pulsante
Invento, idéia, existir, isso! Só isso?
Estou cansado de um único-verso

Hoje é hora de reinvento

terça-feira, 6 de julho de 2010

Acorda Varges!

Varges sente sua mente endefluxar. O relato de imagens em instantes fulminantes ao som de Fela Kuti o faz pensar sobre a vida e seus abstratos.

A boca dele cresce de repente e o corpo fica bobo a ponto da tua cabeça se tornar horrenda como uma imagem refratada em um vidro com curvas. Um zíper começa a brotar no seu couro cabeludo e logo fica obcecado pelo fluxo de saxofones ecoados em corredores infinitos decorados de claves musicais e rebordados de notas sapecas.

Uma queda infinita ao topo de uma serra inalcançável inverteu a gravidade e o oceano começou a evacuar o mundo chovendo para o espaço.

Caia-erguia um peso para uma força sossegada de amplitude rítmica eterna...

>harpa de interlúdio...

Acorda, Varges!

domingo, 4 de julho de 2010

Mania

Por tanto tempo procurei
Assim pra flutuar em infinitos
E agora que te encontrei
Não valho a pena

Não entendo muito bem
Afogaste-me em impulsos primitivos
Agora que já estou quase bem
Tento respeitar a pureza que tivemos

Matei-me com toda a certeza
E lhe fiz uma música meiga
Para:

Permitir, que cresça a vontade
Confluir, toda essa pureza
Usufruir e que vença a verdade
Desmentir esfinges e oráculos

Nulo, Nada, Zero

Compreendo essa passagem de tempo. Essa passagem é contada, alinhada, organizada, milimétrica, contínua, infinita, inquebrável, foto! Como posso eu andar contra essa linha, foto? De tamanha insignificância hei de sempre ser, comparado com o tempo só o momento para superar. Nestes pequenos momentos pintamos quadros moveis a cada intervalo do instante metrônomo ininterrupto e somos artistas naturalmente por representar, associar, comparar, reproduzir, imitar; foto! A todo tempo como este que acabou de passar ao escrever este parágrafo, foto, teve de existir bilhões de pensamentos para que tudo se acarretasse da melhor forma, e como as sinapses são incríveis, porem como são meramente instantâneas às vezes precisamos trabalhar filtros. Sim, filtros como pacote de informações absorvida pelo ambiente, um aprendizado verdadeiro misturado com afinidades. O filtro é essencial para garantir um fluxo desinibido e para trazer outros momentos de contato real, livre, humano. Portanto essa parte do filtro seria uma das coisas mais importantes para se debater nesses tempos feios. O filtro é como se fosse o ícone referencia, um jurado e um mago sábio ao mesmo tempo, uma consciência lúcida e construída com um cimento feito de experiência, aprendizado de evolução de espírito, retratando um mundo de possibilidades diante das influencias provocadas por magias “palavreais”. A força da palavra é esquecida pela maioria, pois associam sempre a religião e param de buscar outros significados com o lado mais fértil.
>Influenciarei o eu sensível para encontrar o caminho mais sábio para decidir minha rota para alimentar minha áurea. Preciso de alimentos para minha áurea para meu interior, minha essência o eu livre, solto, lúcido, inconformado, espírito, aprendizagem, a paz, a glória, a essência, a clarividência, o amor, o amor, o amor, o amor, o amor, amoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoa

Tudo funciona tão bem quando almoçamos esses ingredientes. Mas toda cozinha precisa de pimenta e quando chegam esses diabinhos tirados a porretões, com chifra de enxofre amarrados em chãos, as coisas começam a ficar nulas. Nula, nula, nula, meio termo, neutro, meio, nula, nula, nula, anula fora do tempo por estar nula, nula, nula, sem partido entre saia e vestido continuam nulas, nulas, nulas até não precisar mais pensar sobre estender a mão para libertários. Agora vamos sair para esquecer, vamos falar merda o tempo todo, faculdade para autômatos, não ser jamais puro. Eu não posso ser eu. Não da para ser eu. Impossível ser eu. Logo tenho que tomar posição neutra. Neutro, nula, nulo, vago, igual a/o zero, nula, ou pula e acorda para a verdadeira vida!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Plano Portal

De volta em plano portal
Em porta plano portal
Entorta plano portal
Suporta plano portal?

Swing no plano portal
Tim Maia no plano portal
Glória no plano portal
História no plano portal

Onírico em plano portal
Intrínsecos no plano portal
Comunicativos no plano portal
Sussurro no plano portal

Contato com plano portal
Onipresente plano portal
Permite plano portal
Alimentar universo em plano portal

O verso no plano portal
Estréia em plano portal
Inverso em plano portal
Espelha dose o plano portal

Imaginativo plano portal
Instintivo plano portal
Irreal plano portal
Marginal plano portal