domingo, 28 de novembro de 2010

MAR mIrante

Sabe amor, de tanta simetria calibrava a cor.
O querer de todo dia aliviava a dor podada de ninho que acolhe um par.

Tinido e afiado os tons molhados resultavam em união.
Sorte de um poeta em achar tal expiração.

Meu mar mirante de admiração!

Entenda amor, seu sofrer justificado me apavora tanto.
Ser causa de um desastre revive o meu pranto.
Ainda te quero tanto
A ponto de eu até lhe invejar.

Desando manco, de toda galeria só restou meu canto.
Dedico todo dia o meu ego em branco.
Ainda te quero tanto

Você pode até me desenhar.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desencanto Expresso

É frustrante a falta de mundo na compreensão.


Enxerte
de
esperança
estanca
a
dor?




Tristeza contínua preenche cachoeira de água sem cor.


Vazio é a arte sem esplendor



Vazio seria o mundo sem a dor?

V a z i o, nulo de tão neutro, senhor?


V a z i o espelho oposto de reinventar-se no amor





Vaziobstruidodemedoerancor

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Som de Lírio

Conclusão de lírio lilás
Furto flor de cheiro híbrido

Brota força que tens demais
Apague a dor sem podar os ímpetos

Surpreenda a sorte sem olhar para trás
Curta a flor, desejo libido

Ascenda o sol e seja capaz
Mostre amor, som, delírio

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Relato de Um Sonho Caótico Resumido

Era uma noite de primavera temperada e todos tranquilamente tomavam banho de piscina com uma taça de Martini ao deliciar o vento das aeronaves ariscas.

Subi as escadas pelado e gritei um som que atropelava a língua: Chaplin, bata na minha cara, não é possível que isso seja real!

Chaplin riu, mas com a minha insistência deu um tapa que amassou meu rosto substituindo seus dedos em lugar dos dentes!

Dadi por ser destemido foi abduzido por extraterrestres. Um exibicionismo acrobático de máquinas voadoras de todas as formas surgia e desaparecia causando caos, vento e desordem.

Era uma noite de primavera temperada e todos tranquilamente tomavam banho de piscina com sungas e biquinis vermelhos degolando a ventania que trazia estilhaços de poeiras, areia azul e tudo ao som de susto.

Um sonho que perdurou a dor, a agonia e o absurdo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha Língua

Minha língua regurgita poesia
Minha língua límpida lampeja amor
Minha língua destemida intimida força
Minha língua, minha língua, eu sou

Minha língua indiferente de cor
Minha língua surtida expele o que não sou
Minha língua surta outrora a minha dor
Minha língua, minha língua, eu sou

Minha língua matreira nasce em pé de ladeira
Minha língua parabólica transmite boca em boca
Minha língua solta contamina zênites
Minha língua, minha língua, Tiradentes!

Minha língua coberta de ternura
Minha língua sem cobertura
Minha língua eterna em documento
Minha língua, minha língua; acrescento

Minha língua cantarola partituras
Minha língua destrói ditaduras
Minha língua míssil senhora
Minha língua, minha língua e agora?

Sabe Deus

Céu e lua iluminaram passos tortos estampados para trás
Praia nua, duas, três ou algumas horas eternizadas em paz
Flutuando em par, almas nuas em cenário colossal
Uma noite assim não existirá outra igual

Ela apontou para um arco formado de estrelas
E esqueceu que a flecha cairia com destreza
Emancipou um amor sem certeza
Esquivando significante proeza

Ele ao garantir o contrário
Romantizou todo o cenário
Declarava amor inaceitável
Vestido de esperança persistiu o bastardo

Nuvens alternavam a claridade
E a maré escassa vazava com vaidade
O desenrolar de uma estória encantada:
Sabe Deus qual será a próxima jornada


Só sabe Deus qual será a próxima jornada.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Deixe de Deboche

Deixe de deboche, deixe de deboche
Que minha mãe quer almoçar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Que eu quero trabalhar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Outra esperança a entortar?

É melhor parar de zombaria
Que na casa da Maria tem muito de se falar
O caso é de delegacia
E esses homens de gravata têm é que rodar

Deixe de deboche, deixe de deboche...
Minha paciência vai se esgotar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Tem novos sambas a arreganhar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Inflo o peito a cantar

É melhor parar de zombaria
Que na casa da Maria tem muito de se falar
O caso é de delegacia
E esses homens de gravata têm é que rodar

domingo, 12 de setembro de 2010

Vômitório

Sinto-me um imbecil preso, a ponto de esquecer que um dia pensei na possibilidade de ser livre. Minha paciência está esgotando em um fim retroprojetado de mandíbulas barulhentas. Existe em um fluxo, um homem no meio de um mar infinito e com a sua mão direita estendida, pedindo um navio resgate. Nevralgias, nevralgias e mais nevralgias corroem meu cérebro dual como machadadas executadas por trombas de mamutes enfurecidos e desesperados!

A persistência da minha consciência límpida trata de queimar as cortinas das pragas pregas preguiçosas.


Cof,cof, cof cacófatos, cacófatos.. cof cof

Doença desagradável esta de procriar certas combinações desarmônicas. Minha mente é um cacófato imprevisível. Impossível trabalhar com dois indivíduos e um juiz subliminar manipulado por tapetes de idéias enormes e fugazes.

Sou um sonhador sem noção, meu chão continua abrindo fazendo-me escalar até o último limite da dor para perceber o óbvio.

Meu espírito precisa de combustível urgentemente ou talvez fique estagnado como o mistério da anti-matéria.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Breve Alívio, Lúgubre Fim

Solta, larga do meu pé
A vida vai navegar
Junto com as dores do peito

Deixa e larga para trás
Desvanecendo no vácuo
Distante, persegue e travo

Se abrir a minha porta
Sem medo de processar
E com medo de admitir
Breve alívio, lúgubre fim

Ah, quero respirar
Suspiro de giro em palco
Sucinto de samba no asfalto

Rede, enroscada nos meus pés
Rasga de qualquer forma
Liberta a dor e transforma

E se abrir a minha porta
Sem medo de processar
E sem medo de admitir
Breve alívio, célebre fim

sábado, 21 de agosto de 2010

Jazigo Jazz

Em mim dentro do peito
Em mim surge um efeito
Jazigo jazz
Não quero mais..

O fim, esplende-se em duvidas
Em mim, olha o eclipse do sol
Sobressair à convenção

Surpreenda os passos
Inventa os dados
Então

domingo, 15 de agosto de 2010

Faxina na Rotina de Dois

Se você assobiar palavras,
Exercer uma imaginação afiada,
Amolar o amor em prata,
Desvanecer a tintura do nada

Voar as dores pesadas
E afina gritos de guerra. Espera!

A noite beijou o espaço
Fundiu todos os vaga-lumes pairados

E nevou o meu amor por ti
Embalei nossas vidas com laços de sim
Transformei o meio-eterno
Apagando o início e o fim, aurora

Arreganha de fora para dentro
De cor baixa e em movimento
Surpreende a constância do preto
E desdenha de sol bisbilhoteiro

Coitero emana luz forçada
Rasga, lasca, descasca vento em brisa
Centraliza o raio do brilho
Em trilha de sapos e grilos

A manhã transou com a potência
Transformou tudo em suor e cansaço

sábado, 14 de agosto de 2010

Flechada

Linda,
Mergulho em ti e és linda
Quero sentir mais este zênite

Então brinda
Este momento comigo
Festejamos o presente

E se o repente
Soprar feito folha no vento, momento, lamento

Em ter que te deixar em paz
Presente nunca mais, passado
Ser sombra de Peter Pan
E de fagote assoprar o nosso fado

Impar,
O mar não faz mais sentido
Embora espume vontade

Ao compreender
Que isso é um chamado, cantado, brotando

Mas o blues não espera um bolero atravessado, flechada
Matar o meu coração dilacerado, fechada
Entender e responder o chamado, flechada

E o arco vira o barco do teu iris, mapeia
Teia que me prende, mas estende esperança e semeia
Tudo que pode fluir invento, desencanto; incendeia

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Liberdade de escolha?

Debater a inutilidade social talvez seja uma saída para configurar-se dentro de um paradigma contemporâneo.

Como um labirinto, o sistema é eterno em conhecimentos acumulativos e registrados diante gerações. O homem tende e segue operário em prol de um organizador social definido e inquestionável. Invisível.

Sinto-me um porco em um curral prestes a ser industrializado em carne rosa por conta da fome de um sistema extremamente colonizador e cada vez mais especificado, ramificado, confuso, enorme, complexo.

Se eu me liberto, serei morto? Para que teria utilidade eu questionar a ordem do tal?

De onde vem a ordem?

E a fome do consumo e os pretextos sociais de inserção ao ser reconhecido por ter tais e não por ser tal.

Sistematicamente existe uma dialética matéria e homem. A habilidade de manipular matéria desencanta os meus olhos, embora seja viciado e seduzido.

E quando visitamos lugares desenvolvidos, notamos que somos sustentadores de um estilo de vida insuficiente e desnecessário. Temos tudo de segunda e aguardamos pacientemente o lag do Mundo para suarmos e transformarmos inútil em necessário .

Setores: A mente do homem está com acesso a setores diversos. Os setores do conhecimento são disponibilizados em algumas instituições e mesmo assim, com todos presos e ameaçados a sempre permanecer em constância e rotina.

HOMEM MAQUINA

A libertação do homem jamais terá um êxito. Até porque a mídia não é boba para propagar idéias que não fomentam o sistema e todos estão presos em seus problemas. A significância é aparentemente individual, mas o seu efeito é extremamente coletivo..

Que paradoxo..

O capitalismo presa totalmente a individualidade e a "liberdade", mas o contrato do homem com o sistema é ininterrupto.
O homem tem de ter uma função social se não ele é mal visto e descriminado e corre o risco de ser descartado caso não se enquadre.

Experimenta parar de suprir a sociedade... Então eu talvez esteja definindo liberdade errado: Liberdade: Direito de seguir e agir com a própia vontade.

Vontade? Se eu agir com a minha verdadeira vontade eu não supro esse mundo. Até porque eu não concordo.

Serei brevemente descartado e provavelmente morrerei como um louco !
...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Matreiro Comum

O coração é surdo de samba, ouvinte de drama e pode se doar como a certeza da insensatez: o amor.

E quando o compasso é ligeiramente alterado, resta uma emoção verdadeira vivida de Batatinha a Cartola: a quebra da razão em um estupor rítmico, explícito gerado pelo “matreiro do improviso” dos bares marrons e desajeitados.

De lá onde a ginga é viva de convivência. (interlúdio)

E quando eu batuco em brasileiro para rememorar os sambas de lá, eu posso concluir que a síntese, mesmo em situações desfavoráveis, risca nosso peito mais forte em batuques de chocalhos explosivos, violões prolixos, cavaquinhos sapecas e bandolins à virtuose para compreendermos e respeitar a nossa verdadeira identidade cultural:

A diversidade mais complexa e unificada do mundo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Anti-Atilado

Estar em si e só ser desde brincar sendo, só para descer cambaleando nas escadas do fazer espiral de “infinitude”.

Lamber lambido desinibido proibido: impulsivo, rebelde, louco.
Fermenta o gerar espontâneo:

Cego atuando em discórdia de atum espalhafatoso em maionese escorregando desordenadamente.

Em um confinamento dentre dentes de metal, tal que espanta a impenetrabilidade de carne, peixes, almas, indivíduos, contemplando a única presença de insetos não digeríveis: é violência estatal!

E quando somos atirados em camburões como uma mulher queimada em fogueiras medievais, chegaremos a uma hipocrisia tão real que justifica a criminalidade! Esta que justifica o mundo diabólico; estar em que justifica uma lógica injustificável!

domingo, 25 de julho de 2010

Antiquado Útil

Velho Sagaz,

Obrigado por ser meu contemporâneo compreensivo. E nas testas embrulhadas de atos, brotarão resenhas divertidas, invisíveis!

Velho Atemporal,

Seus conselhos de tamanha significância colherão a minha gratidão eterna e será recíproca em lealdade.

Velho Amigo,

Que morramos juntos no término de um cigarro esfarelado em ampulheta deitada!

domingo, 11 de julho de 2010

Pluriverso

Solo, como um sol e fico carente
Largo-me sem gravidade em um planeta enorme
Engulo buracos negros para bufar matéria

E arroto luz para agradar a significância

Eu viro oculista de meteoros desordenados
Atravesso as galáxias de vontade
Transformo a ação em imagem

Mas quanta significância atribui minha ordem?

Eu, poeira organizada,
Danço Beatles em cima de um quasar pulsante
Invento, idéia, existir, isso! Só isso?
Estou cansado de um único-verso

Hoje é hora de reinvento

terça-feira, 6 de julho de 2010

Acorda Varges!

Varges sente sua mente endefluxar. O relato de imagens em instantes fulminantes ao som de Fela Kuti o faz pensar sobre a vida e seus abstratos.

A boca dele cresce de repente e o corpo fica bobo a ponto da tua cabeça se tornar horrenda como uma imagem refratada em um vidro com curvas. Um zíper começa a brotar no seu couro cabeludo e logo fica obcecado pelo fluxo de saxofones ecoados em corredores infinitos decorados de claves musicais e rebordados de notas sapecas.

Uma queda infinita ao topo de uma serra inalcançável inverteu a gravidade e o oceano começou a evacuar o mundo chovendo para o espaço.

Caia-erguia um peso para uma força sossegada de amplitude rítmica eterna...

>harpa de interlúdio...

Acorda, Varges!

domingo, 4 de julho de 2010

Mania

Por tanto tempo procurei
Assim pra flutuar em infinitos
E agora que te encontrei
Não valho a pena

Não entendo muito bem
Afogaste-me em impulsos primitivos
Agora que já estou quase bem
Tento respeitar a pureza que tivemos

Matei-me com toda a certeza
E lhe fiz uma música meiga
Para:

Permitir, que cresça a vontade
Confluir, toda essa pureza
Usufruir e que vença a verdade
Desmentir esfinges e oráculos

Nulo, Nada, Zero

Compreendo essa passagem de tempo. Essa passagem é contada, alinhada, organizada, milimétrica, contínua, infinita, inquebrável, foto! Como posso eu andar contra essa linha, foto? De tamanha insignificância hei de sempre ser, comparado com o tempo só o momento para superar. Nestes pequenos momentos pintamos quadros moveis a cada intervalo do instante metrônomo ininterrupto e somos artistas naturalmente por representar, associar, comparar, reproduzir, imitar; foto! A todo tempo como este que acabou de passar ao escrever este parágrafo, foto, teve de existir bilhões de pensamentos para que tudo se acarretasse da melhor forma, e como as sinapses são incríveis, porem como são meramente instantâneas às vezes precisamos trabalhar filtros. Sim, filtros como pacote de informações absorvida pelo ambiente, um aprendizado verdadeiro misturado com afinidades. O filtro é essencial para garantir um fluxo desinibido e para trazer outros momentos de contato real, livre, humano. Portanto essa parte do filtro seria uma das coisas mais importantes para se debater nesses tempos feios. O filtro é como se fosse o ícone referencia, um jurado e um mago sábio ao mesmo tempo, uma consciência lúcida e construída com um cimento feito de experiência, aprendizado de evolução de espírito, retratando um mundo de possibilidades diante das influencias provocadas por magias “palavreais”. A força da palavra é esquecida pela maioria, pois associam sempre a religião e param de buscar outros significados com o lado mais fértil.
>Influenciarei o eu sensível para encontrar o caminho mais sábio para decidir minha rota para alimentar minha áurea. Preciso de alimentos para minha áurea para meu interior, minha essência o eu livre, solto, lúcido, inconformado, espírito, aprendizagem, a paz, a glória, a essência, a clarividência, o amor, o amor, o amor, o amor, o amor, amoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoa

Tudo funciona tão bem quando almoçamos esses ingredientes. Mas toda cozinha precisa de pimenta e quando chegam esses diabinhos tirados a porretões, com chifra de enxofre amarrados em chãos, as coisas começam a ficar nulas. Nula, nula, nula, meio termo, neutro, meio, nula, nula, nula, anula fora do tempo por estar nula, nula, nula, sem partido entre saia e vestido continuam nulas, nulas, nulas até não precisar mais pensar sobre estender a mão para libertários. Agora vamos sair para esquecer, vamos falar merda o tempo todo, faculdade para autômatos, não ser jamais puro. Eu não posso ser eu. Não da para ser eu. Impossível ser eu. Logo tenho que tomar posição neutra. Neutro, nula, nulo, vago, igual a/o zero, nula, ou pula e acorda para a verdadeira vida!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Plano Portal

De volta em plano portal
Em porta plano portal
Entorta plano portal
Suporta plano portal?

Swing no plano portal
Tim Maia no plano portal
Glória no plano portal
História no plano portal

Onírico em plano portal
Intrínsecos no plano portal
Comunicativos no plano portal
Sussurro no plano portal

Contato com plano portal
Onipresente plano portal
Permite plano portal
Alimentar universo em plano portal

O verso no plano portal
Estréia em plano portal
Inverso em plano portal
Espelha dose o plano portal

Imaginativo plano portal
Instintivo plano portal
Irreal plano portal
Marginal plano portal

domingo, 27 de junho de 2010

i-Mundo

Se tiver um mundo
Pode contar

Por mais que confuso
Pode contar, ou negar

Beber, secar e dissentir
Cansar, nascer, deixa fluir
Verbalizar pra consentir
Prender, chorar, pode sorrir

Se em caos, parafusos
Pode cantar

Mesmo estando imundo
Pode cantar, ou se calar

Crescer, parar pra se ouvir
Imagem pode se escutar
Limpando tudo pra brilhar
Tentar fazer e prosseguir

Se acabar o mundo
Pode soar

Mesmo o absurdo
Pode soar, ou inovar

Beber, secar e consentir
Renascer, cansar e prosseguir
Verbalizar e dissentir
Parar de ser e existir

terça-feira, 22 de junho de 2010

Efemeridade Fantasiosa

Gostaria de me afogar em tua boca comprida para provocar um empinar de suas maçãs até espremer seus olhos-parábolas a tecer um sorriso de alma braba treplicado ao meu despojar exagerado.

Adoraria correr meus lábios bobos e esbanjados entre tuas coxas rígidas e trilhar um caminho como um bandeirante corajoso; cruzando teu corpo desconhecido para marcar território com minha saliva acumulada e então depois cuspi-la em tua boca-coitera.

Amaria se permitisse a minha alma alterar teu batimento cardíaco a ponto de acelerar a rebelião do teu organismo-liquidificador jorrando sulcos em um flutuante jazer.

E com certeza, jamais a deixaria se participasse da eterna anestesia do tempo interminável de um instante mútuo; ousadia contemplando o amor e o prazer!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fluxo do Descarrego

Insônia de amor a arte! Insônia de viver a parte em uma torre flutuante zilfinita que só uma pipa temperada de cola e obsessão para cortar o vento e alcançar o tempo eterno fora de órbita: insônia da arte, a arte, da insônia e o mundo não dorme, e o céu muda de cor, mas não dorme e o réu não come, dorme, nem corre por estar em um purgatório uni direcionado para o inferno! Como influenciam as corujas, os lobos, as bruxas, e as macumbas aparentando ação de graças, como o despertar dos cadáveres das tumbas, dos palmares e vem zumbi, sempre acordado e livre, como um tubarão, como o nascer de dentes espontâneos ou simplesmente a cultivação de cabelos descuidados provocados por desleixo, pela falta de ego, pela demasiada falta de ego, pela falta do necessário-eco, a falta do sentido, do respaldo provocado por atitudes dubitáveis. E por toda falta de clareza misturada com espaguete estragado, fedorento e desgraçado, uma macumba mal feita, mal entendida, um feitiço escroto, escravista, miserável e ingrato como comer o prato da macumba esfomeado e difamado como o porco que nasce para engordar e ser mutilado.

É uma prisão na qual abandono. Chega de maluquice,

Adeus sua puta, maldita, fedorenta, ingrata, retardada, mau caráter, filha da puta, filha do Euzébio Belzebu, consumista e desgraçada Arte!
....

Pronto, agora estou pronto para continuar tentando.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pare de Fazer Arte

Pare de fazer arte!
Pare de fazer arte, meu rapaz
Amizade a parte, pare de fazer arte

Menino moleque subindo a ladeira
Pintando o set, cachaça, piteiras
Todos os ventos o levam

Uma grande figura que enfrenta a mistura
E pensa se atura mais uma fatura
De demasiada realidade

Pare de fazer arte!
Pare de fazer arte, meu rapaz
Amizade a parte, pare de fazer arte

Ele pega a caixinha, risca o palito
Batuca com os dedos um samba infinito
Para ascender o céu, o fel e de repente vira réu

Doido por samba com ginga de bamba
Montado na trama como surdo de drama
Da demasiada realidade

Pare de fazer arte!
Pare de fazer arte, meu rapaz
Amizade a parte, pare de fazer arte

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fruto Permitido

Com estas inseguranças transbordando o teu pequeno corpo e tua enorme mente, jamais achatará logo essa bobagem de vista e sempre utilizará dessas defesas breves e desnecessárias. Sendo assim, o meu gerado amor inventado invadirá tuas entranhas como a espontânea criação de tuas façanhas e ao extrair o mel de teus poros usando minha língua áspera e cítrica, poderá continuar me dando tapas de pelúcia, Desinibida! Eu, talvez, pudesse chegar consumindo e permitindo como um transformador de todas as formas inventadas em sensações de metamorfose ininterrupta, só para ameaçar tua fábula determinista; e não é assim que uma criança enxerga o mundo? Um total absurdo deslumbrante?

Por tanto, Querida, espere de mim o pior, mesmo, o óbvio, o eu - medíocre. E a tua expectativa será a prova de mais um amor míope. Aquele que necessita de uma grande lupa para perceber que estamos falando de essência, de transparência, não de aparência, não de tendência, e tudo mais que dê licença para permitir o experimento do sabor da vida mordida de maçã.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lamentável, Companheiros

Lamentável é tentar a qualquer custo atingir fora do prazo
Lamentável é dar descarga e comer a bosta que defecaste fora do vazo!

Lamentável é o soldado vestido de fraqueza, construído por fraca influencia
Lamentável é simplesmente não haver nenhuma congruência

Lamentável é o sonho de me ver sorrindo na cova; em plena copa?!

Lamentável como ainda buscam armas inúteis em arte-fatos
Lamentável é não serem homens de potencia para peitar o arraso
Lamentável é calçar minha desonra com sapatos apertados
Lamentável é uma estranha união com pessoas que julgaram palhaços!
Lamentável é persistir em tentar viver minha vida como estúpidos, abestalhados

Lamentável é tentar decepar meu rabo de lagartixa
Lamentável, por taxarem o Lamentável sem nenhuma pista!

Lamentável é apelar em tentar destruir o amor verdadeiro
Lamentável é vestir a camisa do santo e não visitar sequer o padroeiro!

Lamentável é beber toda essa hipocrisia com gula!

Lamentável é continuar em persistir agredindo ainda mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais.
Até o dia que convocarás o maldito satanás.

Eu: continuarei em paz.

sábado, 12 de junho de 2010

Carta ao Afoito

Impostor questionador, incolor, pensante cidadão brasileiro,

Voltarei a um ufanismo cretino para estimular um amor cruel. Volto ao mundo em posição de mergulho perfeito, penetrando minha presença em tua essência como um rasgo de pele pútrida. Vou amar uma consciência delimitada por bordas tecidas em mapa e irei chamar o comum de todos os modos; padrão e, também, pararei de esculpir a terra como bola gigante e não esquecer, não esquecer: amor ao Brasil, ó meu Brasil descendo a ladeira do abismo imitado.
Ó meu Brasil irritado e calado. Ó meu Brasil corrigido no Word para ficar maiúsculo. Ó meu Brasil, caralho! País bonito da porra, meu Deus quantas paisagens quanto futebol, quanta ginga, quanta malandragem, quanto dinheiro dançando em um próspero samba emaranhado! Isso aqui ê ô, é um pouquinho de Brasil Iá Iá, Brasil que canta e é feliz e feliz! Um povo forte de raça e não tem medo de fumaça nenhuma, não, de nada! O brasileiro é guerreiro, participante de várias guerras esportivas suadas e sofridas, e, e, e, e completamente adequado a moda ocidental do carnaval! Viva o brasileiro, viva o jeitinho paga-pau brasileiro. Viva o sentimento de querer ser mais um ventríloquo do mundo. Viva gsete, goito, gota, coito, baita bunda maravilhosa!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

E um dos Palbos Questionou

Um dia Pablo questionou: “A rosa está nua ou só tem este vestido?”

Continuo a esperar como um beija-flor frenético em busca do néctar, do broto, da brota, do arreganho, da farsa, da malícia, do quereres, do querer, do desafio, da bruta, abrupta puta, ou da dengosa flor com espinhos de borracha destampados de amor!

Borbu-linhas

E da torre eu vi! Tema; teima! Não, tira-tema e queima forte sem medo da morte, pois este foguete a medrar em borbulhas de cogumelos laranja, trará um incrível desconhecido inalienável. Algo estrondoso e inimaginável como é ao se deparar com o relapso da percepção do sumiço instantâneo. Uma solidão com paredes de vegetais cobertas de camadas coesas e invulneráveis. Uma transparência por trás de uma caverna banhada de cachoeiras de sangue. Ou simplesmente a vermelhidão de uma caixa de cigarro em abstinência do fogo explosivo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Fim dos Homens

Pois ele entrelaçou as palmas com os dedos e amorteceu o cotovelo na mesa. Tinha mãos peludas e grossas envolvidas por pulseiras de detalhes infinitos. De joelhos, pediu permissão para pedir e neste instante ascendeu a sua consciência mais acatada com esclarecida identificação de certo-errados. Fechado pelo maniqueísmo, este maldito vai continuar vivenciando poucas saídas e vai ser sempre radical com as outras aberrações espelho.

Assim, tento traçar um egoísta comum, um pseudo-clérigo, mas sem esquecer que a mente que é a pista.

Após a purificação, anoitece um alívio lúgubre para este moço de identidade capaz de enganar qualquer menininha, ou menininho para alimentar sua natureza bizarra! Ele está se sentindo o melhor cidadão do universo agora, veja como é um vira folha nato! Ele adora essa queda polarizada por elevadores instantâneos de sete mil metros. E, de repente, sai para um bar para torcer um jogo de futebol cochichado na praça, ou então sai com o amigo em seu carro de fazendeiro-metropolitano para buscar cinco putas loucas o suficiente para ter qualquer tipo de porco em cima delas em troca de animais estampados em papel pequeno, ou até mesmo compra passagens para ele e a família poderem ir para a Europa em baixa estação. E ninguém que se atreva de estragar a viagem com a não ida ao vaticano. É preciso receber a bênção do líder supremo, Papa, Pope Nazista.

E sempre, nosso amigo de vários nomes e idades terá o prazer de despertar o miraculoso e sagrado pedaço de massa encefálica onisciente, porém com seu sol e lua flutuando em piloto automático. Infelizmente foi inevitável a limitação do rótulo para esses indivíduos. Chamo-os-de-medíocres-autômatos-insensíveis. Sim! Autômato... Aquele que é preso por um ímã maldito. O ímã inibidor, Incolor, Inútil e sempre com fim. Fim para as atividades humanas! Fim para a natureza alternativa. Fim para o infinito da múltipla escolha. Inicio para o confinamento eterno da dialética não explosiva!

Welcome, Robô era !

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Justo, e agora?

Justo, agora que a prontidão cutuca os nervos
Justo e agora tira minha peça mestra
Justo, agora amarrado em conceitos
Justo e agora a demasiada falta de apego
Justo, agora preparado para cons(c)ertos
Justo e agora isolado em torre flutuante infinita
Justo, agora espontâneo e presepeiro
Justo e agora enjoado da vida!

Pesca-Cor


A aurora rebenta com uma sutileza oposta a implosão brusca do Pôr-do-Sol

Se nublar, inibe o reflexo dubitável do anzol

E ainda sim jangadeiro a balançar rede em cores de astral!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Bad Trip

MilharesdefocasvestidasdepalitoegravataandamnacidadedeNovaYorkcombombasqueexplodememraiostriangularesvermelhosbordadosdepanosamarelosdevestidodesenhorascaipirasDestruiramcasasdesproporcionaiscomosegundoandarmaiorqueoprimeirotalvezumcaranguejodotamanhodeumcachorroestejasendoservidonamesadeumrestaurantenortecoreano.

Onipresente Sun/Sol

Solte o sol e arremesse-o para longe
Veja-o transtornando em um ultraje surdo e barulhento

[Fabricando luz, homem?
Imitando estrelas, homem?

Homem astro buscando sempre espaços

Outros iniciam universos expandidos demais
Outros espremem versos breves demais

De joelhos louvando o homem deus
De cortinas para tapar o Onipresente Sol.]

E só assim continuará preso.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Paronírico

Paranóia de luz e de muitos sons
Hei de pintar brilho nu
Hei de comer tudo

E tentastes me tirar da loucura do meu mais íntimo ser
E tentastes me jogar contra paredes;

A paranóia do onírico
É uma inexplicável razão
Inconfundível, força incrível de acreditar

E tentastes aterrar os meus dois pés no chão
E tentastes isolar o meu lado mais são

Hei de surtar o som
Hei de não parar com isso
Hei de explorar o dom
Hei de fazer feitiço

E tentastes estacionar o processo inevitável de Adão.

domingo, 30 de maio de 2010

Livre de condição

Livre-se, livre-se, livre-se, livre-se, livre-se, livre-se, livre-se!
Livre se.... Não; Livre-se, livre-se, livre-se, livre-se, livre-se!

sábado, 29 de maio de 2010

Batuque Introspectivo

Bumbo implode, corre e torce para não escapulir
Meta nessa, mas sem a seta fica difícil concluir
Ipanema, Iracema são distantes e fáceis de distinguir
Embebeda-me mais de hipocrisia, não temos sonhos a assumir!

Agora batuca forte e marca o compasso que vem a seguir
De pessoas que fazem a diferença não só por dissentir
Estas que latejam em harmonia uma canção sem fim
De um som que foge da realidade embora em frente, acha-se em mim!

Lírtio

LÍRIO!
Lírio lítio lírio
lítio
alucinação
perdição
divindade
lírio
lírico
lírio, propínquo do estranho
arreganho
lírio, propínquo do estranho; arreganho?

A beleza dela é brutal e a ausência de espinhos cheira estranho
como cheira estranho, não cheira - por isso mesmo arreganha
brota abrupta cheiro de dor
a dor que mais parece flor indolor
A sede de brilho refrata em interlúdio de cores
Planta estátua comovente
Irreparável escultora de movimentos
repassa vida por mais de sete mil amores
cheia de rancores falta de cheiros e lembranças de dores
Cheia de elegância, colorindo temporais com a essência da fragrância
e destruindo o distúrbio da própria destruição.
- nada!

Eu-lírio ao desfrutar o paradoxo
morro de amores e de inconclusões
Morro de dores e de interrupções
erupções em minha mente e na minha confusão
- que dor!

Ereções dementes repleta de soberba, que alírio!
refaça a perplexidade de mim e me alírie
- não.

Camila Fraga e Ian Lasserre, 26 de maio de 2010.

Tanto

Tempo, tempo, tempo, tempo;

Que criei um relógio na minha cabeça.

Unifiquei com uma agenda que crer na esperança

E logo depois vi o ímpeto do quanto.

Lutei contra os ponteiros que fazem a terra girar

Observei o instante desvanecer em cinzas

Unifiquei a ordem das lembranças

Cultivei a filosofia de Ounspensky

Outrora, a hora está-são?

Fluxo Mais

Volta e me traz aquele pensamento mais escroto. Sim, sim aquele mesmo... Você é puta da arte. Você é puta da arte. Como é fácil dialogar com um papel. Uma região é correspondida pelo mapeamento de letras que você já decorou toda a ordem, vulgo teclado. O homem é naturalmente sensível ao ambiente porque existe tanta insensibilidade? Qual o verdadeiro motivo de guardar ou preservar a essência?
Numa casa de família temos condutas
F
A
Mília


Volta e para de pular entre essas caçapas voadoras e segue simplesmente para a arte e a filosofia, por favor! Tenho que constatar esse fluxo momentâneo. Pretendo exercitar o quanto puder e extrair um dialogo, ou um ligamento comigo mesmo. O “auto-dialogo” é doloroso para mim. Ter que pensar e depois analisar minha linha de raciocínio é tão solitário e inatingível que eu tenho medo de nunca mais sair daqui. Daí, um homem senta na frente de um computador e começa a criar universos egoístas. É um fluxo, seu idiota! De novo as informações perderam completamente o controle. A concentração de homens com dedos amarelos, se é que você me entende, é uma merda, mas eu sei que existe um fluxo.
O fluxo criativo é o mundo onírico do homem. O sensível é apurado e elevado ao extra fulminantemente, apesar desse estado durar 1% da vida de um homem moderno e comum.
Será que é progressiva ou evolutiva a sensibilidade? Por que somos inibidos? A sociedade castra nossas fraquezas e oprime a verdade, a essência, e o caráter. Um sistema que lança informação inútil a rodo como esse, só pode estar brincando de desviar o despertar de alguma coisa. E quanta gente é essa, velho? Seis bilhões de indivíduos e cada um com um monte de informação desabafada em psicólogos ou ecoada em gritos de morte. É muita informação. Uma vivencia com certeza delibera energia para o universo. Para que faria sentido uma energia ser apenas queimada se não re-aproveitada? Seis bilhões de pessoas é um absurdo!
Começo a acreditar que nada mais existe. Tudo é uma ilusão provisória. Não consigo mais assimilar a realidade como um ser presente. Tenho medo de descobrir o que esta acontecendo comigo e com tudo que passa por aqui.