segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reflexões Finais e (A Mentira e o "Dubtável")

Embora ainda não saiba o posicionamento e a significância de ter uma literatura de internauta, comento a respeito da transformação e desenvolvimento dos meus textos apresentando um novo texto mais reflexivo, mesmo assim tentarei ainda com o onírico pelo fato do blog ser intitulado “Oniricontiuno”. A imaginação imposta e sistemática do homem do mundo hoje (e vale a pena ressaltar, que ocidente e oriente já está fundido de alguma forma, por tanto não utilizarei o termo “homem ocidental”), me agonizava pela preguiça de um olhar mais sensível. Essa tal preguiça imposta e bombardeada, para mim e apenas para mim, deforma e induz um olhar caótico e podre, como se adentrando a observação e a reflexão diante de um fato, matasse algo em si mesmo.
O nome desse blog é sugestivo, seria como chamar o leitor a uma viagem imagética delirante com objetivo de permitir uma amplitude e transformação completa do concreto em abstrato e abstrato em concreto agindo assim, reciprocamente, em prol de uma nova visão poética ou não do mundo. A crítica das afecções do mundo e a potêncialização dos adjetivos é propositalmente escrita nas linhas para dar vida ao não sentido e abranger expectativas e visões completamente distorcidas do óbvio. Porém com algum certo amadurecimento e revisões pude perceber que a dose é significante para o impacto. Portanto, gostaria de me despedir desse blog, que não condiz mais com minhas idéias dissertando um texto sem forma debatendo minhas idéias lúcidas sem interrupção, pois assim, serei mais fiel ao tema desse blog e terei mais certeza na hora de postar. Pois mesmo sem saber ao certo a significância de ter um blog e viver em uma sociedade autofágica, acredito que a existência mais próxima da verdade ainda devaneia em alguns indivíduos.


A MENTIRA E O DUBTÁVEL:

O impacto pode ser maior do que o devido- Devido de imaginação proveitosa e convincente para favorecer o fato em si, Egoísmo! Alívio breve, leve, espontâneo, passageiro, passageiro. e de mera imaginação fortuita, geramos a confusão que distorce o fato. Todas essas linhas para desenvolver um pensamento que até nome e ato tem; Mentira. O fato gerado pela imaginação de quem mente pode gerar um câncer infinito e sem a morte (mais para um “zumbiismo” ou pele pútrida viva), pois com a mentira, o não existente circula abafando a vida (a morte faz parte da vida) e a virtude: o tal sufocar constante do abstrato em cima do nítido. Quantos pairares seriam capazes de somar útil para o mundo se entregassem a fonte e não o copo de água? Para mim a intenção será a diferença entre a imaginação e a mentira.
Perco-me com as teclas por viver em um mundo sofista, gostaria de estar falando de flores e delírios amorosos, mas alerto seja quem for o leitor desse texto, a loucura não é ser um espontâneo imprevisível. A mentira é a maior loucura que existe.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ação do Nada Ainda

Vamos direto para a práxis! A maldita prática: o vácuo que suga as idéias e traduz os pensamentos com interferências sensíveis. No interlúdio reside o esquecimento, a pressa, o tempo. E no resultado: a forma completamente destoada da idéia... Aquele incompleto que faz o pigarro infinito afoito para ser expelido eternamente.
Exageros comem o singelo óbvio, ou o não bonito, ou o não comunicativo, ou o não do tudo, ou não, ou não entre o sim de tanto. Entre as esquecidas idéias, o tempo morto e eterno da singularidade. O zero absoluto daquilo que esquecemos pensando, agredindo uma linha que exige o descartar de tanto movimento para parecer concreto.
Mas e o objetivo? Sim o objetivo falho da clareza das coisas que esquecem de si embora sejam coerentes.

Para mim não há coerência alguma de nada. Como os céticos, suspendo o juízo neste caso. E suspenso talvez tenha tempo de respirar minhas idéias morto. Morto para alcançar os tropeços do esquecimento. Esquecimentos cheios de nada e preenchidos de existência morta. Defunto da vida que molda movimento. Idéias são movimento e o tempo dita a data, mas o não tempo dita o esquecimento que faz a "palavra prima" camaleão de milésimo.

O cuspir niilista talvez seja bom para o nada ainda.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Solturas"

Salientar:
o que ousa do ousar?

Versos formarão
Em vão?

Medir, sentido transformar
Uma desarrumação, contanto em consolidar

Uma nova geração

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Esgot`ado

A mesma merda de sempre. Merda todo tempo, tudo merda, somente merda. Mais merda e quando não satisfeito mais merda, merda, merda, merda, merda, merda, merda. Marrom, bosta, sujo, desagradável, líquida, sólida, merda e mais merda cagando sem parar até chegar em Merda. E mais merda se não satisfeito, tome merda, merda, merda, merda, merda mais merda, merda, merda. Tão desagradável merda, desde singelo a merda, high-tech, high-merda feito de merda, merda, merda, merda. Tanta bosta defecada cheirando a lixo, merda, esgoto, fezes, bosta, merda!

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Despertar dos Solipsistas

"Completo esse texto para mim mesmo Pois só ler quem não existe para além de mim"

Embora pareça um absurdo, o mundo real, ou não é assim. O pseudo-individualismo é tão grande que o despertar dos solipsistas matará a comunicação e cada um que se tranque em sua cabine de comandante.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tempestade de Verão

Presencio uma fúria de águas em pleno verão. O sentimento de insignificância diante da surpresa dos relâmpagos, do susto do som, ao som do Tom, da ausência da completude, da falta de magnitude que carrego diante dessas horas... Nesses momentos que mal consigo, mal consigo me concentrar diante dos filetes azuis e barulhentos, questiono-me se a vida é realmente vida e se pós e antes concretiza o meu meio.

Expressando o meu ego construído em 23 anos com muita consulta de memória não é um desrespeito a arte. A arte também é lembrar, rememorar, reinventar, se confundir, experimentar. O sujeito vira o texto, a poesia, a música e os maiores gurus sugerem o esquecimento dos dedos que escrevem e da mente que inventa para credenciar uma responsabilidade com um universo que passe do eu!

Eu, este que desprezo tanto, se transtorna contra a mim e me faz um nada diante de tudo.

Proponho o experimento do ambíguo como um raio que rasga o céu límpido ou nebuloso e lapida o esclarecimento do momento. Um momento que consulto a mim, para renovar minha covardia diante de tanto.

Tantos absurdos relatados em um céu de verão. Tantos absurdos taxados de genialidade por também rasgar o convencional. Tantos exemplos esclarecidos como a luz azul.

Fico furioso como o barulho atrasado dos relâmpagos. Mas a calmaria também surpreende a tempestade. E deve ser essa a gratificação da metamorfose. Espanca o ruído a acordar toda a cidade e depois alisa com um silencio ou com o canto dos pássaros ao retornar o trabalho do instinto! O trabalho que garante a sobrevivência. E a arte que ecoa diante do trabalho.

Tantos pensamentos e tantas prosas e tantos infinitos...

Daí, caio na questão atual da pluralidade. Poderá o mundo ser mais plural em que negros, brancos, gays, tribos e gêneros e cada vez mais gêneros inventados e combinados convivendo no mesmo meio? A liberdade estará finalmente ao alcance do homem que consiga ser plural e fiel ao seu ego(sto)? Seremos todos conectados por essa rede invisível em que somos desconfigurados e reprojetados como uma obra de arte confeccionada para além do sujeito?

Finalizo essa tempestade me engrandecendo diante do tempo por ser conterrâneo da tempestade que nasceu diante dos meus olhos e finalizará em um além futuro ao alcance da minha imaginação.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Monólogo da Desilusão

Desilusão perante um instante como a surpresa da morte em uma calçada.
(Tal surgimento que colore o chão de vermelho ao espantar olhos desacostumados e
Rasga o tempo ao fragmentar em antes e depois.)

Desilusão esta que mata a memória de rancor para disfarçar o inevitável (caso exista amor.)

Desilusão que revira a cabeça para lembrar seu espelho invertido em outro plano infinito.

Desilusão aquela que finge ódio e compra felicidade para cavar buracos de esquecimento.

Desilusão estupradora do acaso e mais criminosa que o desencanto.

(Nunca daria certo mesmo)

Conformismo: filho da desilusão e primo da covardia.

domingo, 28 de novembro de 2010

MAR mIrante

Sabe amor, de tanta simetria calibrava a cor.
O querer de todo dia aliviava a dor podada de ninho que acolhe um par.

Tinido e afiado os tons molhados resultavam em união.
Sorte de um poeta em achar tal expiração.

Meu mar mirante de admiração!

Entenda amor, seu sofrer justificado me apavora tanto.
Ser causa de um desastre revive o meu pranto.
Ainda te quero tanto
A ponto de eu até lhe invejar.

Desando manco, de toda galeria só restou meu canto.
Dedico todo dia o meu ego em branco.
Ainda te quero tanto

Você pode até me desenhar.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desencanto Expresso

É frustrante a falta de mundo na compreensão.


Enxerte
de
esperança
estanca
a
dor?




Tristeza contínua preenche cachoeira de água sem cor.


Vazio é a arte sem esplendor



Vazio seria o mundo sem a dor?

V a z i o, nulo de tão neutro, senhor?


V a z i o espelho oposto de reinventar-se no amor





Vaziobstruidodemedoerancor

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Som de Lírio

Conclusão de lírio lilás
Furto flor de cheiro híbrido

Brota força que tens demais
Apague a dor sem podar os ímpetos

Surpreenda a sorte sem olhar para trás
Curta a flor, desejo libido

Ascenda o sol e seja capaz
Mostre amor, som, delírio

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Relato de Um Sonho Caótico Resumido

Era uma noite de primavera temperada e todos tranquilamente tomavam banho de piscina com uma taça de Martini ao deliciar o vento das aeronaves ariscas.

Subi as escadas pelado e gritei um som que atropelava a língua: Chaplin, bata na minha cara, não é possível que isso seja real!

Chaplin riu, mas com a minha insistência deu um tapa que amassou meu rosto substituindo seus dedos em lugar dos dentes!

Dadi por ser destemido foi abduzido por extraterrestres. Um exibicionismo acrobático de máquinas voadoras de todas as formas surgia e desaparecia causando caos, vento e desordem.

Era uma noite de primavera temperada e todos tranquilamente tomavam banho de piscina com sungas e biquinis vermelhos degolando a ventania que trazia estilhaços de poeiras, areia azul e tudo ao som de susto.

Um sonho que perdurou a dor, a agonia e o absurdo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha Língua

Minha língua regurgita poesia
Minha língua límpida lampeja amor
Minha língua destemida intimida força
Minha língua, minha língua, eu sou

Minha língua indiferente de cor
Minha língua surtida expele o que não sou
Minha língua surta outrora a minha dor
Minha língua, minha língua, eu sou

Minha língua matreira nasce em pé de ladeira
Minha língua parabólica transmite boca em boca
Minha língua solta contamina zênites
Minha língua, minha língua, Tiradentes!

Minha língua coberta de ternura
Minha língua sem cobertura
Minha língua eterna em documento
Minha língua, minha língua; acrescento

Minha língua cantarola partituras
Minha língua destrói ditaduras
Minha língua míssil senhora
Minha língua, minha língua e agora?

Sabe Deus

Céu e lua iluminaram passos tortos estampados para trás
Praia nua, duas, três ou algumas horas eternizadas em paz
Flutuando em par, almas nuas em cenário colossal
Uma noite assim não existirá outra igual

Ela apontou para um arco formado de estrelas
E esqueceu que a flecha cairia com destreza
Emancipou um amor sem certeza
Esquivando significante proeza

Ele ao garantir o contrário
Romantizou todo o cenário
Declarava amor inaceitável
Vestido de esperança persistiu o bastardo

Nuvens alternavam a claridade
E a maré escassa vazava com vaidade
O desenrolar de uma estória encantada:
Sabe Deus qual será a próxima jornada


Só sabe Deus qual será a próxima jornada.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Deixe de Deboche

Deixe de deboche, deixe de deboche
Que minha mãe quer almoçar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Que eu quero trabalhar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Outra esperança a entortar?

É melhor parar de zombaria
Que na casa da Maria tem muito de se falar
O caso é de delegacia
E esses homens de gravata têm é que rodar

Deixe de deboche, deixe de deboche...
Minha paciência vai se esgotar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Tem novos sambas a arreganhar
Deixe de deboche, deixe de deboche
Inflo o peito a cantar

É melhor parar de zombaria
Que na casa da Maria tem muito de se falar
O caso é de delegacia
E esses homens de gravata têm é que rodar

domingo, 12 de setembro de 2010

Vômitório

Sinto-me um imbecil preso, a ponto de esquecer que um dia pensei na possibilidade de ser livre. Minha paciência está esgotando em um fim retroprojetado de mandíbulas barulhentas. Existe em um fluxo, um homem no meio de um mar infinito e com a sua mão direita estendida, pedindo um navio resgate. Nevralgias, nevralgias e mais nevralgias corroem meu cérebro dual como machadadas executadas por trombas de mamutes enfurecidos e desesperados!

A persistência da minha consciência límpida trata de queimar as cortinas das pragas pregas preguiçosas.


Cof,cof, cof cacófatos, cacófatos.. cof cof

Doença desagradável esta de procriar certas combinações desarmônicas. Minha mente é um cacófato imprevisível. Impossível trabalhar com dois indivíduos e um juiz subliminar manipulado por tapetes de idéias enormes e fugazes.

Sou um sonhador sem noção, meu chão continua abrindo fazendo-me escalar até o último limite da dor para perceber o óbvio.

Meu espírito precisa de combustível urgentemente ou talvez fique estagnado como o mistério da anti-matéria.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Breve Alívio, Lúgubre Fim

Solta, larga do meu pé
A vida vai navegar
Junto com as dores do peito

Deixa e larga para trás
Desvanecendo no vácuo
Distante, persegue e travo

Se abrir a minha porta
Sem medo de processar
E com medo de admitir
Breve alívio, lúgubre fim

Ah, quero respirar
Suspiro de giro em palco
Sucinto de samba no asfalto

Rede, enroscada nos meus pés
Rasga de qualquer forma
Liberta a dor e transforma

E se abrir a minha porta
Sem medo de processar
E sem medo de admitir
Breve alívio, célebre fim

sábado, 21 de agosto de 2010

Jazigo Jazz

Em mim dentro do peito
Em mim surge um efeito
Jazigo jazz
Não quero mais..

O fim, esplende-se em duvidas
Em mim, olha o eclipse do sol
Sobressair à convenção

Surpreenda os passos
Inventa os dados
Então

domingo, 15 de agosto de 2010

Faxina na Rotina de Dois

Se você assobiar palavras,
Exercer uma imaginação afiada,
Amolar o amor em prata,
Desvanecer a tintura do nada

Voar as dores pesadas
E afina gritos de guerra. Espera!

A noite beijou o espaço
Fundiu todos os vaga-lumes pairados

E nevou o meu amor por ti
Embalei nossas vidas com laços de sim
Transformei o meio-eterno
Apagando o início e o fim, aurora

Arreganha de fora para dentro
De cor baixa e em movimento
Surpreende a constância do preto
E desdenha de sol bisbilhoteiro

Coitero emana luz forçada
Rasga, lasca, descasca vento em brisa
Centraliza o raio do brilho
Em trilha de sapos e grilos

A manhã transou com a potência
Transformou tudo em suor e cansaço

sábado, 14 de agosto de 2010

Flechada

Linda,
Mergulho em ti e és linda
Quero sentir mais este zênite

Então brinda
Este momento comigo
Festejamos o presente

E se o repente
Soprar feito folha no vento, momento, lamento

Em ter que te deixar em paz
Presente nunca mais, passado
Ser sombra de Peter Pan
E de fagote assoprar o nosso fado

Impar,
O mar não faz mais sentido
Embora espume vontade

Ao compreender
Que isso é um chamado, cantado, brotando

Mas o blues não espera um bolero atravessado, flechada
Matar o meu coração dilacerado, fechada
Entender e responder o chamado, flechada

E o arco vira o barco do teu iris, mapeia
Teia que me prende, mas estende esperança e semeia
Tudo que pode fluir invento, desencanto; incendeia

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Liberdade de escolha?

Debater a inutilidade social talvez seja uma saída para configurar-se dentro de um paradigma contemporâneo.

Como um labirinto, o sistema é eterno em conhecimentos acumulativos e registrados diante gerações. O homem tende e segue operário em prol de um organizador social definido e inquestionável. Invisível.

Sinto-me um porco em um curral prestes a ser industrializado em carne rosa por conta da fome de um sistema extremamente colonizador e cada vez mais especificado, ramificado, confuso, enorme, complexo.

Se eu me liberto, serei morto? Para que teria utilidade eu questionar a ordem do tal?

De onde vem a ordem?

E a fome do consumo e os pretextos sociais de inserção ao ser reconhecido por ter tais e não por ser tal.

Sistematicamente existe uma dialética matéria e homem. A habilidade de manipular matéria desencanta os meus olhos, embora seja viciado e seduzido.

E quando visitamos lugares desenvolvidos, notamos que somos sustentadores de um estilo de vida insuficiente e desnecessário. Temos tudo de segunda e aguardamos pacientemente o lag do Mundo para suarmos e transformarmos inútil em necessário .

Setores: A mente do homem está com acesso a setores diversos. Os setores do conhecimento são disponibilizados em algumas instituições e mesmo assim, com todos presos e ameaçados a sempre permanecer em constância e rotina.

HOMEM MAQUINA

A libertação do homem jamais terá um êxito. Até porque a mídia não é boba para propagar idéias que não fomentam o sistema e todos estão presos em seus problemas. A significância é aparentemente individual, mas o seu efeito é extremamente coletivo..

Que paradoxo..

O capitalismo presa totalmente a individualidade e a "liberdade", mas o contrato do homem com o sistema é ininterrupto.
O homem tem de ter uma função social se não ele é mal visto e descriminado e corre o risco de ser descartado caso não se enquadre.

Experimenta parar de suprir a sociedade... Então eu talvez esteja definindo liberdade errado: Liberdade: Direito de seguir e agir com a própia vontade.

Vontade? Se eu agir com a minha verdadeira vontade eu não supro esse mundo. Até porque eu não concordo.

Serei brevemente descartado e provavelmente morrerei como um louco !
...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Matreiro Comum

O coração é surdo de samba, ouvinte de drama e pode se doar como a certeza da insensatez: o amor.

E quando o compasso é ligeiramente alterado, resta uma emoção verdadeira vivida de Batatinha a Cartola: a quebra da razão em um estupor rítmico, explícito gerado pelo “matreiro do improviso” dos bares marrons e desajeitados.

De lá onde a ginga é viva de convivência. (interlúdio)

E quando eu batuco em brasileiro para rememorar os sambas de lá, eu posso concluir que a síntese, mesmo em situações desfavoráveis, risca nosso peito mais forte em batuques de chocalhos explosivos, violões prolixos, cavaquinhos sapecas e bandolins à virtuose para compreendermos e respeitar a nossa verdadeira identidade cultural:

A diversidade mais complexa e unificada do mundo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Anti-Atilado

Estar em si e só ser desde brincar sendo, só para descer cambaleando nas escadas do fazer espiral de “infinitude”.

Lamber lambido desinibido proibido: impulsivo, rebelde, louco.
Fermenta o gerar espontâneo:

Cego atuando em discórdia de atum espalhafatoso em maionese escorregando desordenadamente.

Em um confinamento dentre dentes de metal, tal que espanta a impenetrabilidade de carne, peixes, almas, indivíduos, contemplando a única presença de insetos não digeríveis: é violência estatal!

E quando somos atirados em camburões como uma mulher queimada em fogueiras medievais, chegaremos a uma hipocrisia tão real que justifica a criminalidade! Esta que justifica o mundo diabólico; estar em que justifica uma lógica injustificável!

domingo, 25 de julho de 2010

Antiquado Útil

Velho Sagaz,

Obrigado por ser meu contemporâneo compreensivo. E nas testas embrulhadas de atos, brotarão resenhas divertidas, invisíveis!

Velho Atemporal,

Seus conselhos de tamanha significância colherão a minha gratidão eterna e será recíproca em lealdade.

Velho Amigo,

Que morramos juntos no término de um cigarro esfarelado em ampulheta deitada!

domingo, 11 de julho de 2010

Pluriverso

Solo, como um sol e fico carente
Largo-me sem gravidade em um planeta enorme
Engulo buracos negros para bufar matéria

E arroto luz para agradar a significância

Eu viro oculista de meteoros desordenados
Atravesso as galáxias de vontade
Transformo a ação em imagem

Mas quanta significância atribui minha ordem?

Eu, poeira organizada,
Danço Beatles em cima de um quasar pulsante
Invento, idéia, existir, isso! Só isso?
Estou cansado de um único-verso

Hoje é hora de reinvento

terça-feira, 6 de julho de 2010

Acorda Varges!

Varges sente sua mente endefluxar. O relato de imagens em instantes fulminantes ao som de Fela Kuti o faz pensar sobre a vida e seus abstratos.

A boca dele cresce de repente e o corpo fica bobo a ponto da tua cabeça se tornar horrenda como uma imagem refratada em um vidro com curvas. Um zíper começa a brotar no seu couro cabeludo e logo fica obcecado pelo fluxo de saxofones ecoados em corredores infinitos decorados de claves musicais e rebordados de notas sapecas.

Uma queda infinita ao topo de uma serra inalcançável inverteu a gravidade e o oceano começou a evacuar o mundo chovendo para o espaço.

Caia-erguia um peso para uma força sossegada de amplitude rítmica eterna...

>harpa de interlúdio...

Acorda, Varges!

domingo, 4 de julho de 2010

Mania

Por tanto tempo procurei
Assim pra flutuar em infinitos
E agora que te encontrei
Não valho a pena

Não entendo muito bem
Afogaste-me em impulsos primitivos
Agora que já estou quase bem
Tento respeitar a pureza que tivemos

Matei-me com toda a certeza
E lhe fiz uma música meiga
Para:

Permitir, que cresça a vontade
Confluir, toda essa pureza
Usufruir e que vença a verdade
Desmentir esfinges e oráculos

Nulo, Nada, Zero

Compreendo essa passagem de tempo. Essa passagem é contada, alinhada, organizada, milimétrica, contínua, infinita, inquebrável, foto! Como posso eu andar contra essa linha, foto? De tamanha insignificância hei de sempre ser, comparado com o tempo só o momento para superar. Nestes pequenos momentos pintamos quadros moveis a cada intervalo do instante metrônomo ininterrupto e somos artistas naturalmente por representar, associar, comparar, reproduzir, imitar; foto! A todo tempo como este que acabou de passar ao escrever este parágrafo, foto, teve de existir bilhões de pensamentos para que tudo se acarretasse da melhor forma, e como as sinapses são incríveis, porem como são meramente instantâneas às vezes precisamos trabalhar filtros. Sim, filtros como pacote de informações absorvida pelo ambiente, um aprendizado verdadeiro misturado com afinidades. O filtro é essencial para garantir um fluxo desinibido e para trazer outros momentos de contato real, livre, humano. Portanto essa parte do filtro seria uma das coisas mais importantes para se debater nesses tempos feios. O filtro é como se fosse o ícone referencia, um jurado e um mago sábio ao mesmo tempo, uma consciência lúcida e construída com um cimento feito de experiência, aprendizado de evolução de espírito, retratando um mundo de possibilidades diante das influencias provocadas por magias “palavreais”. A força da palavra é esquecida pela maioria, pois associam sempre a religião e param de buscar outros significados com o lado mais fértil.
>Influenciarei o eu sensível para encontrar o caminho mais sábio para decidir minha rota para alimentar minha áurea. Preciso de alimentos para minha áurea para meu interior, minha essência o eu livre, solto, lúcido, inconformado, espírito, aprendizagem, a paz, a glória, a essência, a clarividência, o amor, o amor, o amor, o amor, o amor, amoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoramoa

Tudo funciona tão bem quando almoçamos esses ingredientes. Mas toda cozinha precisa de pimenta e quando chegam esses diabinhos tirados a porretões, com chifra de enxofre amarrados em chãos, as coisas começam a ficar nulas. Nula, nula, nula, meio termo, neutro, meio, nula, nula, nula, anula fora do tempo por estar nula, nula, nula, sem partido entre saia e vestido continuam nulas, nulas, nulas até não precisar mais pensar sobre estender a mão para libertários. Agora vamos sair para esquecer, vamos falar merda o tempo todo, faculdade para autômatos, não ser jamais puro. Eu não posso ser eu. Não da para ser eu. Impossível ser eu. Logo tenho que tomar posição neutra. Neutro, nula, nulo, vago, igual a/o zero, nula, ou pula e acorda para a verdadeira vida!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Plano Portal

De volta em plano portal
Em porta plano portal
Entorta plano portal
Suporta plano portal?

Swing no plano portal
Tim Maia no plano portal
Glória no plano portal
História no plano portal

Onírico em plano portal
Intrínsecos no plano portal
Comunicativos no plano portal
Sussurro no plano portal

Contato com plano portal
Onipresente plano portal
Permite plano portal
Alimentar universo em plano portal

O verso no plano portal
Estréia em plano portal
Inverso em plano portal
Espelha dose o plano portal

Imaginativo plano portal
Instintivo plano portal
Irreal plano portal
Marginal plano portal

domingo, 27 de junho de 2010

i-Mundo

Se tiver um mundo
Pode contar

Por mais que confuso
Pode contar, ou negar

Beber, secar e dissentir
Cansar, nascer, deixa fluir
Verbalizar pra consentir
Prender, chorar, pode sorrir

Se em caos, parafusos
Pode cantar

Mesmo estando imundo
Pode cantar, ou se calar

Crescer, parar pra se ouvir
Imagem pode se escutar
Limpando tudo pra brilhar
Tentar fazer e prosseguir

Se acabar o mundo
Pode soar

Mesmo o absurdo
Pode soar, ou inovar

Beber, secar e consentir
Renascer, cansar e prosseguir
Verbalizar e dissentir
Parar de ser e existir