domingo, 27 de junho de 2010

i-Mundo

Se tiver um mundo
Pode contar

Por mais que confuso
Pode contar, ou negar

Beber, secar e dissentir
Cansar, nascer, deixa fluir
Verbalizar pra consentir
Prender, chorar, pode sorrir

Se em caos, parafusos
Pode cantar

Mesmo estando imundo
Pode cantar, ou se calar

Crescer, parar pra se ouvir
Imagem pode se escutar
Limpando tudo pra brilhar
Tentar fazer e prosseguir

Se acabar o mundo
Pode soar

Mesmo o absurdo
Pode soar, ou inovar

Beber, secar e consentir
Renascer, cansar e prosseguir
Verbalizar e dissentir
Parar de ser e existir

terça-feira, 22 de junho de 2010

Efemeridade Fantasiosa

Gostaria de me afogar em tua boca comprida para provocar um empinar de suas maçãs até espremer seus olhos-parábolas a tecer um sorriso de alma braba treplicado ao meu despojar exagerado.

Adoraria correr meus lábios bobos e esbanjados entre tuas coxas rígidas e trilhar um caminho como um bandeirante corajoso; cruzando teu corpo desconhecido para marcar território com minha saliva acumulada e então depois cuspi-la em tua boca-coitera.

Amaria se permitisse a minha alma alterar teu batimento cardíaco a ponto de acelerar a rebelião do teu organismo-liquidificador jorrando sulcos em um flutuante jazer.

E com certeza, jamais a deixaria se participasse da eterna anestesia do tempo interminável de um instante mútuo; ousadia contemplando o amor e o prazer!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fluxo do Descarrego

Insônia de amor a arte! Insônia de viver a parte em uma torre flutuante zilfinita que só uma pipa temperada de cola e obsessão para cortar o vento e alcançar o tempo eterno fora de órbita: insônia da arte, a arte, da insônia e o mundo não dorme, e o céu muda de cor, mas não dorme e o réu não come, dorme, nem corre por estar em um purgatório uni direcionado para o inferno! Como influenciam as corujas, os lobos, as bruxas, e as macumbas aparentando ação de graças, como o despertar dos cadáveres das tumbas, dos palmares e vem zumbi, sempre acordado e livre, como um tubarão, como o nascer de dentes espontâneos ou simplesmente a cultivação de cabelos descuidados provocados por desleixo, pela falta de ego, pela demasiada falta de ego, pela falta do necessário-eco, a falta do sentido, do respaldo provocado por atitudes dubitáveis. E por toda falta de clareza misturada com espaguete estragado, fedorento e desgraçado, uma macumba mal feita, mal entendida, um feitiço escroto, escravista, miserável e ingrato como comer o prato da macumba esfomeado e difamado como o porco que nasce para engordar e ser mutilado.

É uma prisão na qual abandono. Chega de maluquice,

Adeus sua puta, maldita, fedorenta, ingrata, retardada, mau caráter, filha da puta, filha do Euzébio Belzebu, consumista e desgraçada Arte!
....

Pronto, agora estou pronto para continuar tentando.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pare de Fazer Arte

Pare de fazer arte!
Pare de fazer arte, meu rapaz
Amizade a parte, pare de fazer arte

Menino moleque subindo a ladeira
Pintando o set, cachaça, piteiras
Todos os ventos o levam

Uma grande figura que enfrenta a mistura
E pensa se atura mais uma fatura
De demasiada realidade

Pare de fazer arte!
Pare de fazer arte, meu rapaz
Amizade a parte, pare de fazer arte

Ele pega a caixinha, risca o palito
Batuca com os dedos um samba infinito
Para ascender o céu, o fel e de repente vira réu

Doido por samba com ginga de bamba
Montado na trama como surdo de drama
Da demasiada realidade

Pare de fazer arte!
Pare de fazer arte, meu rapaz
Amizade a parte, pare de fazer arte

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fruto Permitido

Com estas inseguranças transbordando o teu pequeno corpo e tua enorme mente, jamais achatará logo essa bobagem de vista e sempre utilizará dessas defesas breves e desnecessárias. Sendo assim, o meu gerado amor inventado invadirá tuas entranhas como a espontânea criação de tuas façanhas e ao extrair o mel de teus poros usando minha língua áspera e cítrica, poderá continuar me dando tapas de pelúcia, Desinibida! Eu, talvez, pudesse chegar consumindo e permitindo como um transformador de todas as formas inventadas em sensações de metamorfose ininterrupta, só para ameaçar tua fábula determinista; e não é assim que uma criança enxerga o mundo? Um total absurdo deslumbrante?

Por tanto, Querida, espere de mim o pior, mesmo, o óbvio, o eu - medíocre. E a tua expectativa será a prova de mais um amor míope. Aquele que necessita de uma grande lupa para perceber que estamos falando de essência, de transparência, não de aparência, não de tendência, e tudo mais que dê licença para permitir o experimento do sabor da vida mordida de maçã.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lamentável, Companheiros

Lamentável é tentar a qualquer custo atingir fora do prazo
Lamentável é dar descarga e comer a bosta que defecaste fora do vazo!

Lamentável é o soldado vestido de fraqueza, construído por fraca influencia
Lamentável é simplesmente não haver nenhuma congruência

Lamentável é o sonho de me ver sorrindo na cova; em plena copa?!

Lamentável como ainda buscam armas inúteis em arte-fatos
Lamentável é não serem homens de potencia para peitar o arraso
Lamentável é calçar minha desonra com sapatos apertados
Lamentável é uma estranha união com pessoas que julgaram palhaços!
Lamentável é persistir em tentar viver minha vida como estúpidos, abestalhados

Lamentável é tentar decepar meu rabo de lagartixa
Lamentável, por taxarem o Lamentável sem nenhuma pista!

Lamentável é apelar em tentar destruir o amor verdadeiro
Lamentável é vestir a camisa do santo e não visitar sequer o padroeiro!

Lamentável é beber toda essa hipocrisia com gula!

Lamentável é continuar em persistir agredindo ainda mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais.
Até o dia que convocarás o maldito satanás.

Eu: continuarei em paz.

sábado, 12 de junho de 2010

Carta ao Afoito

Impostor questionador, incolor, pensante cidadão brasileiro,

Voltarei a um ufanismo cretino para estimular um amor cruel. Volto ao mundo em posição de mergulho perfeito, penetrando minha presença em tua essência como um rasgo de pele pútrida. Vou amar uma consciência delimitada por bordas tecidas em mapa e irei chamar o comum de todos os modos; padrão e, também, pararei de esculpir a terra como bola gigante e não esquecer, não esquecer: amor ao Brasil, ó meu Brasil descendo a ladeira do abismo imitado.
Ó meu Brasil irritado e calado. Ó meu Brasil corrigido no Word para ficar maiúsculo. Ó meu Brasil, caralho! País bonito da porra, meu Deus quantas paisagens quanto futebol, quanta ginga, quanta malandragem, quanto dinheiro dançando em um próspero samba emaranhado! Isso aqui ê ô, é um pouquinho de Brasil Iá Iá, Brasil que canta e é feliz e feliz! Um povo forte de raça e não tem medo de fumaça nenhuma, não, de nada! O brasileiro é guerreiro, participante de várias guerras esportivas suadas e sofridas, e, e, e, e completamente adequado a moda ocidental do carnaval! Viva o brasileiro, viva o jeitinho paga-pau brasileiro. Viva o sentimento de querer ser mais um ventríloquo do mundo. Viva gsete, goito, gota, coito, baita bunda maravilhosa!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

E um dos Palbos Questionou

Um dia Pablo questionou: “A rosa está nua ou só tem este vestido?”

Continuo a esperar como um beija-flor frenético em busca do néctar, do broto, da brota, do arreganho, da farsa, da malícia, do quereres, do querer, do desafio, da bruta, abrupta puta, ou da dengosa flor com espinhos de borracha destampados de amor!

Borbu-linhas

E da torre eu vi! Tema; teima! Não, tira-tema e queima forte sem medo da morte, pois este foguete a medrar em borbulhas de cogumelos laranja, trará um incrível desconhecido inalienável. Algo estrondoso e inimaginável como é ao se deparar com o relapso da percepção do sumiço instantâneo. Uma solidão com paredes de vegetais cobertas de camadas coesas e invulneráveis. Uma transparência por trás de uma caverna banhada de cachoeiras de sangue. Ou simplesmente a vermelhidão de uma caixa de cigarro em abstinência do fogo explosivo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Fim dos Homens

Pois ele entrelaçou as palmas com os dedos e amorteceu o cotovelo na mesa. Tinha mãos peludas e grossas envolvidas por pulseiras de detalhes infinitos. De joelhos, pediu permissão para pedir e neste instante ascendeu a sua consciência mais acatada com esclarecida identificação de certo-errados. Fechado pelo maniqueísmo, este maldito vai continuar vivenciando poucas saídas e vai ser sempre radical com as outras aberrações espelho.

Assim, tento traçar um egoísta comum, um pseudo-clérigo, mas sem esquecer que a mente que é a pista.

Após a purificação, anoitece um alívio lúgubre para este moço de identidade capaz de enganar qualquer menininha, ou menininho para alimentar sua natureza bizarra! Ele está se sentindo o melhor cidadão do universo agora, veja como é um vira folha nato! Ele adora essa queda polarizada por elevadores instantâneos de sete mil metros. E, de repente, sai para um bar para torcer um jogo de futebol cochichado na praça, ou então sai com o amigo em seu carro de fazendeiro-metropolitano para buscar cinco putas loucas o suficiente para ter qualquer tipo de porco em cima delas em troca de animais estampados em papel pequeno, ou até mesmo compra passagens para ele e a família poderem ir para a Europa em baixa estação. E ninguém que se atreva de estragar a viagem com a não ida ao vaticano. É preciso receber a bênção do líder supremo, Papa, Pope Nazista.

E sempre, nosso amigo de vários nomes e idades terá o prazer de despertar o miraculoso e sagrado pedaço de massa encefálica onisciente, porém com seu sol e lua flutuando em piloto automático. Infelizmente foi inevitável a limitação do rótulo para esses indivíduos. Chamo-os-de-medíocres-autômatos-insensíveis. Sim! Autômato... Aquele que é preso por um ímã maldito. O ímã inibidor, Incolor, Inútil e sempre com fim. Fim para as atividades humanas! Fim para a natureza alternativa. Fim para o infinito da múltipla escolha. Inicio para o confinamento eterno da dialética não explosiva!

Welcome, Robô era !

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Justo, e agora?

Justo, agora que a prontidão cutuca os nervos
Justo e agora tira minha peça mestra
Justo, agora amarrado em conceitos
Justo e agora a demasiada falta de apego
Justo, agora preparado para cons(c)ertos
Justo e agora isolado em torre flutuante infinita
Justo, agora espontâneo e presepeiro
Justo e agora enjoado da vida!

Pesca-Cor


A aurora rebenta com uma sutileza oposta a implosão brusca do Pôr-do-Sol

Se nublar, inibe o reflexo dubitável do anzol

E ainda sim jangadeiro a balançar rede em cores de astral!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Bad Trip

MilharesdefocasvestidasdepalitoegravataandamnacidadedeNovaYorkcombombasqueexplodememraiostriangularesvermelhosbordadosdepanosamarelosdevestidodesenhorascaipirasDestruiramcasasdesproporcionaiscomosegundoandarmaiorqueoprimeirotalvezumcaranguejodotamanhodeumcachorroestejasendoservidonamesadeumrestaurantenortecoreano.

Onipresente Sun/Sol

Solte o sol e arremesse-o para longe
Veja-o transtornando em um ultraje surdo e barulhento

[Fabricando luz, homem?
Imitando estrelas, homem?

Homem astro buscando sempre espaços

Outros iniciam universos expandidos demais
Outros espremem versos breves demais

De joelhos louvando o homem deus
De cortinas para tapar o Onipresente Sol.]

E só assim continuará preso.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Paronírico

Paranóia de luz e de muitos sons
Hei de pintar brilho nu
Hei de comer tudo

E tentastes me tirar da loucura do meu mais íntimo ser
E tentastes me jogar contra paredes;

A paranóia do onírico
É uma inexplicável razão
Inconfundível, força incrível de acreditar

E tentastes aterrar os meus dois pés no chão
E tentastes isolar o meu lado mais são

Hei de surtar o som
Hei de não parar com isso
Hei de explorar o dom
Hei de fazer feitiço

E tentastes estacionar o processo inevitável de Adão.