sábado, 12 de junho de 2010

Carta ao Afoito

Impostor questionador, incolor, pensante cidadão brasileiro,

Voltarei a um ufanismo cretino para estimular um amor cruel. Volto ao mundo em posição de mergulho perfeito, penetrando minha presença em tua essência como um rasgo de pele pútrida. Vou amar uma consciência delimitada por bordas tecidas em mapa e irei chamar o comum de todos os modos; padrão e, também, pararei de esculpir a terra como bola gigante e não esquecer, não esquecer: amor ao Brasil, ó meu Brasil descendo a ladeira do abismo imitado.
Ó meu Brasil irritado e calado. Ó meu Brasil corrigido no Word para ficar maiúsculo. Ó meu Brasil, caralho! País bonito da porra, meu Deus quantas paisagens quanto futebol, quanta ginga, quanta malandragem, quanto dinheiro dançando em um próspero samba emaranhado! Isso aqui ê ô, é um pouquinho de Brasil Iá Iá, Brasil que canta e é feliz e feliz! Um povo forte de raça e não tem medo de fumaça nenhuma, não, de nada! O brasileiro é guerreiro, participante de várias guerras esportivas suadas e sofridas, e, e, e, e completamente adequado a moda ocidental do carnaval! Viva o brasileiro, viva o jeitinho paga-pau brasileiro. Viva o sentimento de querer ser mais um ventríloquo do mundo. Viva gsete, goito, gota, coito, baita bunda maravilhosa!

Um comentário:

  1. Humor, seja bem-vindo!

    Adorei o modo que retratou um tema tão batido de jeito tão divertido! Hilário, hilário.

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